{"id":1915,"date":"2017-08-02T10:13:37","date_gmt":"2017-08-02T13:13:37","guid":{"rendered":"http:\/\/fafaconta.com.br\/?p=1915"},"modified":"2018-02-25T19:05:22","modified_gmt":"2018-02-25T22:05:22","slug":"o-fantastico-arroz-de-filomena","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/fafaconta.com.br\/o-fantastico-arroz-de-filomena\/","title":{"rendered":"O fant\u00e1stico arroz de Filomena"},"content":{"rendered":"

Conquistando pelo est\u00f4mago<\/h2>\n

Li a hist\u00f3ria “O fant\u00e1stico arroz de Filomena” e lembrei de um causo meu: minha v\u00f3 \u00e9 nordestina e um dos pratos t\u00edpicos que ela costuma preparar, desde que eu me lembro, \u00e9 o tal do bob\u00f3 de camar\u00e3o. Eu, fresca que era, olhava pro bob\u00f3 que – vamos combinar – tem uma cara n\u00e3o muito amig\u00e1vel e torcia o bico falando “n\u00e3o gosto”. Nunca tinha experimentado o prato mas j\u00e1 n\u00e3o gostava.<\/p>\n

Eis que com 15 anos fui para S\u00e3o Paulo pra um evento do col\u00e9gio e uma fam\u00edlia me hospedou em sua casa. O prato especial preparado para me receber? Bob\u00f3 de camar\u00e3o feito-especialmente-pra-voc\u00ea-Fl\u00e1via! Eu sou educada, n\u00e9? Sorri, agradeci – me enchi de coragem – e comi. Dizer que eu gostei n\u00e3o faz jus. Eu amei. Eu repeti o prato, eu me esbaldei e me arrependi de ter passado 15 anos da minha vida sem nunca ter comido o bob\u00f3 da minha v\u00f3. Desde ent\u00e3o esse \u00e9 meu prato favorito. Verdade. Perguntem pra minha v\u00f3, Dona Grace. Com essa eu aprendi a (tentar) n\u00e3o julgar um prato pela apar\u00eancia e experimentar as comidas antes de falar que n\u00e3o gosto.<\/p>\n

T\u00e1, mas vamos ao livro?!<\/h2>\n

N\u00e3o, o livro n\u00e3o fala sobre as dificuldades que os pais passam para fazer seus filhos comerem saud\u00e1vel ou experimentarem novos sabores. Fala sobre quebra de preconceitos.<\/p>\n

\"o<\/p>\n

Filomena \u00e9 uma mulher descrita como feia devido \u00e0 sua corcunda, os cabelos desgrenhados e as roupas sujas. Mas, j\u00e1 diz o ditado que quem v\u00ea cara n\u00e3o v\u00ea cora\u00e7\u00e3o, n\u00e9? Por puro preconceito, os habitantes da cidade n\u00e3o gostavam de Filomena e, por conta disso, n\u00e3o sabiam as del\u00edcias fant\u00e1sticas que estavam perdendo. Pra citar o livro, n\u00e3o sabiam das comidas delicios\u00e1sticas<\/strong> que a mulher preparava.<\/p>\n

Ningu\u00e9m queria saber da Filomena e ela vivia sozinha numa casa na floresta. Bem… sozinha n\u00e3o, ela estava sempre bem acompanhada dos mais fant\u00e1sticos seres dali: trolls, sacis, lobisomens, ninfas e os animais que moravam pela regi\u00e3o. Eles n\u00e3o se importavam com a apar\u00eancia de Filomena e se deliciavam com suas especialidades: bolinho de bacalhau, bife \u00e0 milanesa, musse de maracuj\u00e1, tortas, p\u00e3es, bolos… e, claro, o fant\u00e1stico arroz!<\/p>\n

Um dia um ca\u00e7ador passando ali por perto sentiu um cheio hipnotizador e foi sendo levado at\u00e9 a casa de Filomena. Bem… bastava que algu\u00e9m olhasse pra Filomena com outros olhos (mesmo que o da barriga!) pra perceber o talento que estava ali o tempo todo mas que ningu\u00e9m queria ver. (Oi Fl\u00e1via e o bob\u00f3) A partir da\u00ed tudo mudou na vida de todos (todos mesmo!) e n\u00e3o teve um habitante que n\u00e3o tenha se arrependido de ter sido t\u00e3o preconceituoso com aquela bela cozinheira.<\/p>\n

Falei da hist\u00f3ria. Agora sim, vamos ao livro…<\/h2>\n