Quanto das coisas que a gente faz são por uma vontade genuína? Quanto do que somos foi moldado de acordo com o rótulo que nos colocaram e permitimos que ficasse colado na gente? Como se deu a construção da nossa identidade com todas essas interferências?

O Urso que não era” fala de um urso que, chegado o inverno, hibernou numa caverna, como todo urso que se preze. Porém, quando acordou, a floresta onde ele morava não estava mais lá. Em cima de sua caverna havia sido instalada uma grande fábrica e o urso, rapidamente, foi colocado pra trabalhar. Não adiantava ele falar que ele era um urso.

O chefe, o diretor geral, todos os presidentes, os ursos do zoológico e os ursos do circo, todos falavam que ele não passava de um homem bobo que precisa fazer a barba e que usava casaco felpudo. Alguns riam, outros mandavam ele voltar ao trabalho e assim foi até que o inverno voltou, os funcionários pararam de trabalhar e o urso. Bem, o urso de tanto ouvir que era um homem bobo, por um instante achou que não podia hibernar numa caverna. Mas, não é assim que acaba, afinal, urso bobo ele não era

o urso que não era

Dá pra ter tantos entendimentos dessa história, ela fala de tantas coisas! O livro foi lançado nos EUA em 1946. O autor, Frank Tashlin, foi roteirista e ilustrador do Looney Toones! Demais, né?!

Gosto muito dos livros do selo boitatá, da editora Boitempo. Livros que conversam com todas as infâncias e com adultos também. Promovem o pensamento crítico e a reflexão, não subestimam a inteligência do pequeno leitor. ♥️

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